29 de março de 2013

A conexão do aprendizado com os ciclos de mercado nas organizações em Marketing

Empresas que sabem aprender são raras, transformando-se em celeiros de criatividade e diferenciando-se dos concorrentes de maneira efetiva, sendo geradas sob a ótica do conhecimento aplicado na construção de uma organização provedora de soluções, deixa a inovação fluindo por suas áreas e abrindo caminho para que o foco não vire a âncora que mina a inteligência da tomada de decisões.
O foco das empresas inteligentes não contempla exclusivamente o passado, presente ou futuro, mas os une sob um conhecimento que, devidamente utilizado, faz com que as ações de cada área se conectem com as demais e tragam ao mercado produtos e serviços diferenciados.
Isto também coloca em voga a capacidade com a qual a empresa lida com a evolução do mercado, adaptando-se rapidamente ao presente sem perder a personalidade que a destacou entre milhares e fez um grupo de consumidores torne a organização fiel aos seus desejos.
Mesmo assim é necessário fazer com que o crescimento de mercado não seja embasado em achismos, trazendo números precisos em cada pesquisa, compreendendo se o produto ou serviço em questão está no mesmo tempo do consumidor, para que não sejam criadas lacunas de aprendizado ou que já tornem obsoletos os futuros lançamentos.
Esse tipo de estudo requer um nível de conhecimento aprofundado, que não trilha apenas a parte processual e mecânica da empresa, entrando assim no campo das ideias, da produção efetiva de soluções que chegam aos consumidores no momento perfeito, ao mesmo tempo em que torna viável um desenvolvimento sobre o que foi produzido e entregue.
Mas este não é o modelo de pensamento da maioria das empresas, focadas exclusivamente no hoje, no agora e não enxergando que a empresa não desaparece de uma hora para a outra, mas com a tomada de decisões que não permitem enxergar além do atual momento, criando um paradoxo interno que inviabiliza toda e qualquer criação por parte dos colaboradores, pois eles estão presos à mera entrega de um produto ou serviço que elimina a oportunidade futura de atender ao cliente mais adiante.
Com esse modelo defasado e deslocado da contemporaneidade é possível verificar que se a empresa para no tempo não há mais razão para que os próprios colaboradores tenham novas ideias, pois o exigido sempre recai sobre o mesmo, sem abrir espaço para a oportunidade do desenvolvimento, gerando novas respostas para perguntas que não se resumem a uma solução exclusiva.
Isso coloca pouco a pouco tudo dentro de uma caixa fechada que não possui portas e janelas para se enxergar o mundo que diariamente evolui fora da empresa, tornando-a apenas mais uma que oferece os mesmos produtos e serviços, que não tem um diferencial além do preço, preço que acaba sendo a única alternativa disponível na estratégia, eliminando assim qualquer chance de satisfazer o cliente, pois o que a empresa produz faz parte de um pacote de produtos e serviços que estão espalhados pelo mercado com outras marcas, mesma qualidade e preços tão próximos que não existe chance para haver diferenciação prática na percepção dos consumidores.
Desta maneira o aprendizado de uma empresa sempre deve estar atrelado ao seu tempo sem que a organização vire refém de uma história de supostos sucesso, deixando evidente que o êxito continuado sempre trará novas histórias em que a maior consequência será o sucesso, satisfazendo consumidores e não deixando espaço suficiente para que a concorrência consiga atender aos seus clientes.