6 de março de 2013

A visão organizacional diante das oportunidades de mercado e o uso do conhecimento no ambiente interno em Marketing

Nenhum conhecimento é suficiente se as empresas fazem o máximo para evitar seu uso, tornando cada área um bloco isolado e mecanizando todas as ações das pessoas, desde seus colaboradores até seus clientes, chegando ao ponto de torná-las parte de um estoque que pode ser reposto.
Muitas empresas são inimigas do conhecimento porque baseiam suas decisões no achismo, criam ilusões que tornam as pessoas peças de um jogo em que o perfil adequado fica acima da capacidade inovadora, uso do conhecimento e a diferenciação natural de cada ser humano.
Isto coloca em xeque qualquer possibilidade de desenvolvimento, pois estas organizações viram escravas de processos descabidos, retirando das pessoas a oportunidade de criar e reinventar, abolindo até mesmo a liberdade do pensamento, pois se um colaborador pensa ele é um criminoso que trará oportunidades de mercado que a empresa não quer porque terá que se desligar dos processos atuais.
Este modelo de comportamento organizacional é facilmente encontrado nos mercados em que o conhecimento é praticamente inexistente, pois as pessoas são transformadas em escravas de modo velado, como se dependessem das organizações para sobreviver, fazendo da estagnação do mercado a principal atividade, além de tornar a produção da matéria-prima o ápice local, pois assim nenhuma pessoa poderá sugerir algo novo.
Então a falta de condições para que as pessoas criem é evidenciada e passa a ser o discurso vazio que irá tornar o mercado completamente descartável para os demais, já que não traz valor agregado àquilo que produz e as empresas viram concorrentes a menos dentro da globalização.
O mais interessante é que o mercado vira refém das decisões dos outros mercados, mas isto sequer é percebido, pois as pessoas são aprisionadas em seus cabrestos e nada podem fazer, já que o processo mecânico domina o território e adestra os seres humanos de forma a impedir qualquer diferenciação no comportamento das pessoas.
Partindo deste princípio também fica claro que todo o passado diferenciado é apagado aos poucos, como se jamais tivesse existido, criando uma lacuna em que as pessoas são apenas números e não mais indivíduos que podem pensar, maximizando todo o processo que tem como base igualar o que jamais será parecido.
Estes procedimentos vão colocando as empresas do mercado em um poço que não permite saída, pois a manipulação das informações é tão elevada que o simples questionamento se torna inviável, pois as perguntas são proibidas e eliminadas de qualquer contexto, pois o comum é não procurar respostas e sim funcionar como máquinas que seguem sobre trilhos apenas para cumprir tarefas.
Mas para a sorte dos consumidores inteligentes existem mercados que se livram do comum ao priorizarem o conhecimento e sua distribuição, retirando barreiras entre as áreas e focando na comunicação entre os seres humanos em todos os níveis, somando ao invés de perpetuar a mesmice, criando e recriando sempre com a intenção de alçar voos mais altos e revelando que nenhuma pessoa do planeta é igual às demais, e por isso as organizações investem em desenvolvimento de habilidades para que cada colaborador traga realmente uma nova visão sobre as oportunidades que o mercado oferece àqueles que se livram da ignorância.