30 de maio de 2013

A aplicação do Marketing na diferenciação das empresas e a cultura voltada à inovação dos produtos e serviços

A maioria das empresas não nasce com o intuito de se desenvolver, inovar ou satisfazer seus consumidores, entrando no mercado através de um sistema infectado pela ignorância e a geração de cópias daquilo que já existe e é conhecido pelos clientes, revelando uma natureza que não se alinha com a verdadeira essência das empresas inteligentes e que diariamente conseguem alinhar a criatividade com a produção atual em todos os seus níveis e áreas.
Cada área pode criar soluções inovadoras e que alcançam o consumidor direta ou indiretamente, fazendo do próprio desenvolvimento interno um diferencial que traz novas ideias continuamente, abrindo caminho para que novos estudos e pesquisas sejam desenvolvidos, compreendidos e utilizados, gerando assim uma construção estrutural muito mais sólida dentro da empresa.
Além disso é possível observar que muitas empresas que disputam o mercado sempre correm atrás de clientes já conquistados pelos concorrentes, uma estratégia tão ignorante que deixa os seus clientes livres para migrar para o concorrente que a empresa ataca, assim como entrega para o mercado a oportunidade de contar com mais e mais clientes insatisfeitos e mal atendidos.
Por isso mesmo é que a maioria das empresas apenas ocupa espaço no mercado, não fazendo diferença com seus produtos ou serviços, não atraindo consumidores que, em conjunto com a empresa, irão desenvolver produtos e serviços melhores, mais adaptados aos desejos dos clientes e vanguardistas.
Além deste posicionamento diferenciado os consumidores inteligentes buscam diariamente as informações mais relevantes sobre os produtos e serviços que adquirem ou irão adquirir, apontando para uma rede formada por amigos e demais consumidores, tanto locais quanto globais e que não medem palavras quando a experiência consumidor-empresa é negativa.
Desta maneira é necessário que as organizações aprendam a sair do calabouço em que se colocam ao nascer apenas para copiar a concorrência, sem ter uma cultura e personalidade própria, deixando que o outro determine até que ponto ela pode ir e o que deve produzir.
Isso também mostra que poucas pessoas estão atentas de que na maioria do tempo são as empresas diferenciadas que determinam os rumos de mercado, tendo cultura construídas sobre valores que não se deterioram com o passar dos anos e são altamente adaptáveis às realidades que se apresentam com o passar do tempo, deixando então a história da empresa muito mais atrativa e repleta de exemplos do que se deve ou não fazer.
Então as decisões tomadas são baseadas em um histórico que se transforma em parte da personalidade e cultura organizacional, percorrendo o ambiente e deixando evidente que todos os colaboradores sabem exatamente o que devem fazer, trazendo novas propostas e colocando novas ideias em discussão de maneira contínua e voltada ao desenvolvimento de soluções cada vez melhores.
Enquanto isso as demais empresas ficam brincando no mercado, deixando de fazer por merecer um lugar de destaque e apenas copiando o que as outras organizações estão fazendo, só que sem o mesmo brilho, sem as mesmas características que encantam clientes e os fazem retornar futuramente, inventando então a alucinação de que o consumidor interessante só precisa ser conquistado uma única vez, para depois ser jogado fora para a chegada de um novo.
Por esta razão é que este raciocínio é altamente distorcido e ineficaz, sendo construído sobre um achismo de que o mercado é infinito, que os clientes novos sempre aparecerão e que o concorrente inteligente que trabalha com seu público-alvo bem definido não vai a lugar algum, gerando nas empresas incompetentes um comportamento megalomaníaco sem fundamento.
Além desse comportamento surreal é fácil identificar que o mercado está cada vez mais recheado de empresas que nascem e morrem quase instantaneamente, deixando um ciclo de vida tão curto que praticamente nenhum cliente se lembrará da empresa sob qualquer aspecto ou circunstância, colocando em evidência a falta de compromisso interno que  faz a departamentalização das pessoas, deixando-as reféns de rótulos que secretamente definem quem pode ou não dar uma ideia, minando a criatividade em seu nascedouro e forçando cada colaborador a apenas funcionar.
E dentro desta perspectiva é possível salientar que a inteligência também fica cada vez mais rara dentro das empresas, pois poucas são capazes de construir uma história, de alongar o ciclo de vida organizacional de maneira a acompanhar o desenvolvimento de mercado abrindo suas portas para novas visões, para o conhecimento que se associa ao já existente e aos novos usos e aplicações daquilo que faz parte da história organizacional, gerando assim uma base muito mais sólida para entregar aos seus clientes os melhores produtos e serviços.