28 de junho de 2013

Marketing, estratégias no uso do conhecimento, diferenciação organizacional e atuação competitiva global

Decisões importantes são tomadas sob o conhecimento de informações pertinentes, sem achismos ou o modismo embutido nos supostos pressentimentos que chamam de feelings e que não levam a realidade em conta.
Para muitos achar que algo funciona ou não já é o suficiente para se tomar uma decisão, logicamente as empresas que assim o fazem estão dando de bandeja para seus concorrentes os melhores clientes do mercado, ainda mais quando suas práticas são diretamente associadas às alucinações que povoam as mentes de quem não sabe nada.
Neste mesmo tempo é possível que muitos corram em busca do uso dos pressentimentos, o que no fundo coloca em evidência o desespero pleno, indo na contramão do pensamento, ainda mais quando alguém acha que uma ideia surge do nada.
Isto coloca em foco o despreparo como ferramenta diária de tomadas de decisões, recaindo sempre no recurso da culpabilidade do outro, pois se uma pessoa acha que algo terá resultado positivo e o contrário ocorre é porque o outro deixou de fazer a sua parte, comprovando os absurdos que inundam o universo corporativo e são repassados através da cultura local de geração para geração.
Então entram em ação as observações que comprovam que este modelo não se baseia em trabalho de verdade, sempre partindo de pressupostos vazios e tomados por alucinações utópicas que fazem com que as pessoas que pensam se afastem ainda mais deste universo completamente corrompido e favorável à deturpação de mérito e reconhecimento daqueles que são dedicados, determinados e disciplinados quando o assunto é criar uma solução através de ideias inovadoras.
Com isso as suposições dominam ambientes que devem ser inovadores, e novamente é possível confirmar que poucas empresas conseguem compreender o que é uma inovação, pois para que haja a inovação é preciso que exista um ineditismo no uso ou aplicação de um conceito, mas poucos serão capazes de fazê-lo por estarem ocupados demais em copiar o concorrente ao invés de conhecer melhor quais são as delimitações da sua empresa.
Por estes motivos é que os referenciais de mercado estão cada vez mais escassos em números, e, de uma certa maneira, também de qualidade, pois as empresas já não se esforçam para ter a originalidade em suas criações, deixando que alguém pense e depois as empresas trilham o caminho da mera cópia, sem o mesmo valor, sem o mesmo encanto que faz o consumidor querer comprar novamente um produto ou serviço da sua empresa.
Também é preciso verificar como as relações internas vão impactar o relacionamento com o cliente, e isto ocorre de uma forma muito mais rápida nos dias de hoje, ainda mais quando se leva em conta a globalização muito mais ativa na atualidade, tendo como palco um mercado que reduziu distâncias e fronteiras ao conciliar a inteligência com a aplicação plena dos conceitos desenvolvidos para favorecer o contato empresa cliente.
Em contrapartida ainda existirão aqueles que se deixarão levar por modismos pontuais no universo corporativo, atrasando todo e qualquer desenvolvimento, prejudicando diretamente o ambiente criativo e sustentando por um período muito maior o que já teve o ciclo de vida encerrado.
Além deste comportamento completamente mecânico é possível ver que muitas empresas se deixam levar por aquilo que não é mensurável, e os achismos e suposições vazias dominam certas culturas, onde a incerteza é mais valiosa do que o mundo real, deixando para trás toda e qualquer oportunidade de se pesquisar o mercado, conhecer o consumidor e fazer o que deve ser feito.
Com estas ocorrências o mercado global ainda precisa lidar com empresas medíocres e que acham que a globalização é algo muito recente, não olhando que durante a história da humanidade sempre houve comércio entre nações e continentes, porém em menor quantidade, mas já colocando em pauta a excelência como prática para se manter as atividades das empresas vivas.
Logicamente é preciso observar que as alterações no uso e aplicações da informação passou por momentos de adaptação que permitiram ciclos de vida um pouco mais longos, algo que hoje foge da compreensão daqueles que desconhecem o próprio passado, tampouco a história mais recente de todo o desenvolvimento tecnológico, criando assim um movimento que contaminou as empresas e fez com que elas achassem que devem receber seus funcionários prontos, sem nada mais para ensinar.
Isto coloca em xeque qualquer possibilidade de desenvolvimento, pois a tecnologia facilita as ações, mas ainda é o ser humano bem preparado que faz a diferença, a não ser em mercados onde as pessoas funcionam e por isso são chamadas de funcionárias, do mesmo jeito que as máquinas que não param em momento algum sua produção e reprodução da mesmice.
É fato que o número de organizações que se diferenciam é cada vez menor e mais gritante, pois se distanciaram tanto das empresas comuns que qualquer produto ou serviço que chegue ao mercado para uma evolução incompreendida em primeiro momento, apontando aqui a falta de conhecimento que assola a atualidade, ainda mais se for levado em conta que o presente momento é chamado de era do conhecimento, mas que na prática tem esta realidade apresentada a poucos.
Então os impactos das decisões de uma empresa que domina o mercado são muito mais fortes, deixando claro que a redução da criatividade é fruto direto do movimento que tornou as empresas em algo meramente funcional e sem imaginação, propagando a repetição eterna, como se um produto ou serviço pudesse ser colocado no mercado sempre da mesma forma, sem evoluções, desenvolvimento e diferenciações que dão aos clientes a oportunidade de encontrar o que lhes satisfaça.
Por isso mesmo é que o mercado, envolvendo as empresas e a sociedade, passa por um empobrecimento criativo generalizado, tendo sempre como resposta o que já está pronto, sem ir além do óbvio, não abandonando a zona de conforto e fazendo com que as empresas de vanguarda fiquem reféns de uma estagnação, mesmo quando elas colocam no mercado produtos e serviços inovadores, mas que seriam bem melhor aproveitados se outras empresas preferissem encontrar as outras respostas para as questões que existem, ao invés de pegar o que já foi escrito e ficar reproduzindo sem saber o motivo.
Dentro deste movimento estacionário que se apossa do mercado também é possível encontrar pontos específicos em que a criatividade ainda frutifica, com investimentos em pesquisas, estudos e treinamentos que deixam as pessoas mais bem preparadas para encontrar novas soluções sem precisar banir as já existentes ou então ficar perseguindo os trilhos fechados que formatam as propostas sob o mesmo molde e proíbem o diferente de existir porque é uma resposta melhor.
E quanto àqueles que ainda tentam achar respostas sem investir nos estudos, pesquisas e treinamentos, só é possível dizer que sempre dependerão das decisões daqueles que pensam, pois este é um ciclo viciosos fechado que as próprias empresas criaram na tentativa de transformar a sociedade em mera produtora de pessoas que possuem as mesmas características para não ter o trabalho de ter que melhorar continuamente em todas as suas estâncias.