17 de outubro de 2013

Marketing no relacionamento das organizações com o conhecimento, seu uso e a visão de mercado com foco na diferenciação dos concorrentes

A incapacidade de enxergar as conexões entre as mais diferentes tarefas organizacionais cria barreiras que impedem os colaboradores de aprimorar a criatividade individual, passando a impressão de que nenhuma atividade depende de um conjunto de conhecimentos para ser executada, ainda mais quando o hábito de sempre culpar o outro por aquilo que não se fez é a regra e consome mercados que perdem seu potencial competitivo por estarem em constante guerra interna ao invés de trabalhar.
Empresas que não trabalham podem parecer ilusões, mas muitas delas apenas seguem processos sem saber o que isto representa, tampouco conseguem enxergar se o resultado de suas atividades é relevante para o mercado, abrindo uma lacuna que dá aos concorrentes a oportunidade para se diferenciar ainda mais.
Isto ocorre e é fruto de práticas internas que se baseiam em apontar um culpado ao invés de oferecer uma solução, deixando claro que as empresas, quando buscam funcionários no mercado, não querem que nada mude, perpetuando um ciclo que já não faz sentido e é refém da falta de visão dos gestores, pois para eles o interesse maior é continuar no comando e se a empresa ruir a culpa é do concorrente.
Mas o mercado global ainda conta com empresas inteligentes que vão além do mero produzir por produzir, inovando conscientemente e abraçando as ideias de seus colaboradores ao dar-lhes a oportunidade de estudar mais profundamente suas propostas, pois conseguem entender que a relação da empresa com seus clientes sempre fornece mais do que lucro.
Também é válido ressaltar que uma empresa que não compreende o ambiente em que se coloca terá dificuldades para saber quem ela própria é, e isto é explicitado no relacionamento com o consumidor, já que se o colaborador não se vê como representante da empresa o resultado é desastroso, pois ele, colaborador, fará tudo, menos o que virou referência na mente do consumidor a respeito da sua empresa.
Isso também coloca em xeque as práticas de adestramento tratadas como treinamento de colaboradores, pois nenhuma empresa medíocre se dá ao trabalho de compreender seus clientes antes de realizar um destes treinamentos, assim como estas mesmas empresas sequer conhecem seus colaboradores que estão em contato direto com os clientes e as representam integralmente.
Obviamente as percepções mais limitadas sempre se utilizarão de subterfúgios para esconder a visão medíocre que possuem do que é uma empresa, e então farão de tudo para que nenhum colaborador seja responsabilidade pelo péssimo atendimento, como se a empresa não fosse a união de inúmeros colaboradores com a finalidade de oferecer aos seus clientes uma solução melhor do que a do concorrente.
Desta forma é visível a incapacidade que domina as empresas que não são formadas por pessoas com a intenção de trabalhar, mas de ludibriar uns aos outros e achar que tudo se resolve sozinho, deixando o consumidor totalmente à mercê de um jogo onde ele é empurrado de um lado ao outro sem ser devidamente atendido.
Por isso é fácil verificar que em certos mercados as empresas medíocres surgem tão rapidamente quanto desaparecem, distorcendo teorias e fazendo-as parecer distantes demais das práticas quotidianas, demonstrando mais uma vez que não sabem que teoria e prática são intimamente ligadas e que se uma delas não funciona é porque está errada.
Este modelo medíocre que também domina o conhecimento é fruto de preguiça na ampliação e desenvolvimento do conhecimento, pois desde cedo muitas pessoas são adestradas a executar comandos como se fossem máquinas, então ficam impossibilitadas de pensar, e quando seus achismos surgem elas acham que estão pensando, mas se esquecem de que o achar não tem validade alguma ou possui a validade nula em qualquer situação.
Diante deste outro desafio fica evidente porque o mercado está se tornando um estoque de peças de reposição, onde as empresas encontram prateleiras sem fim cheias de peças que funcionam e são trocadas continuamente quando já não servem mais, complementando este desserviço ao mercado com os famigerados perfis em que os micos amestrados são empurrados para a linha de produção ao realizarem apenas o mínimo.
Por isso há uma lacuna praticamente infinita entre algumas empresas e aquelas que se desenvolvem, mesmo que seus produtos ou serviços tenham um ciclo de vida mais longo, pois não é a continuidade produtiva de um mesmo produto ou serviço que impede a geração de inovações, mas a capacidade de uma empresa enxergar que sempre há o que se melhorar, mesmo que isto não seja visível aos olhos de seus clientes.