21 de novembro de 2013

Marketing na diferenciação das empresas inteligentes com o uso do conhecimento na concepção de soluções, produtos e serviços

É interessante como as empresas que se dizem inseridas na era do conhecimento não o usam para criar soluções inteligentes, preferindo culpar seus concorrentes pelas suas falhas e mecanizar todos os seus processos, principalmente o atendimento aos consumidores e o pós-venda, onde o roteiro engessado não permite que o cliente obtenha uma resposta ou atendimento digno.
A facilidade de acesso às informações para a formação do conhecimento são evidentes e pouco colocada em prática, pois as empresas medíocres tomam para si uma postura em que o concorrente é culpado em qualquer circunstância, inclusive por pensar por si próprio e tomar suas decisões sem se pendurar em falácias para desmerecer as demais organizações, pois conta com colaboradores que pensam e usufruem dos conhecimentos variados uns dos outros para criar soluções.
Mas o mercado está infestado de empresas que vão no sentido oposto ao desenvolvimento, preferindo ficar na mesmice eternamente, apegando-se às práticas ilícitas para manter as atividades e não se deixando "contaminar" pelo uso do conhecimento e oferta de produtos e serviços que deem aos seus clientes experiências interessantes.
Desta forma o trabalho das outras empresas, que são inteligentes, é muito menor, pois em mercados em que o cliente é refém das empresas qualquer uma que faça o mínimo já se destaca positivamente, ao contrário do que acontece nos mercados inteligentes que contam com empresas maduras o suficiente para aproveitar a concorrência e melhorar continuamente.
Do mesmo modo é possível encontrar as poucas empresas inteligentes e que se relacionam verdadeiramente com seus clientes nos mercados contaminados pela mediocridade, tornando-se ainda mais relevantes e dotadas de um comportamento onde a competitividade é geradora de oportunidades, e não se deixam levar pelo discurso de que o fator competitividade aniquila as empresas menores, pois o que ocorre é que as empresas incompetentes são eliminadas por elas próprias ao deixarem de fazer um esforço mínimo para entregar aos seus consumidores produtos e serviços interessantes.
Também entra aqui a falta de conhecimento disseminada por mercados que ficam cada vez mais para trás por serem iludidos de que a única produção a qual são capazes de realizar está nas commodities sem valor agregado, colocando novamente práticas excludentes àqueles que se desenvolvem e buscam oferecer mais do que um produto ou serviço medíocre ao mercado local e global.
Mas outros fatores também entram nesta mediocrização proposital, pois há também um movimento que não permite que cada ser humano seja reconhecido como tal, criando-se um ambiente em que as pessoas são tratadas como peças idênticas de maneira integral, logo não terão conhecimentos, experiências, desejos etc., diferentes entre si, transformando a tudo e a todos em algo comum e sem valor.
Por isso existem empresas medíocres que se baseiam em  perfis prontos a contratar, comprovando que o que produzem não é relevante, tampouco interessante ao mercado global, logo não precisarão contar com colaboradores inteligentes, já que tudo o que fazem é reproduzir eternamente as mesmas ações produtivas.
E então as empresas inteligentes também são atingidas pela coisificação das pessoas, pois os adestramentos acabam com toda e qualquer perspectiva de diferenciação de pensamento e ideias dos colaboradores, fazendo valer a falsa história de que naquele modelo de negócio a rotatividade elevada de colaboradores é comum e faz parte do jogo.
Só que o que mais compromete o desempenho das empresas é a incapacidade em lidar com o conhecimento, e aí entram todas as suas ações equivocadas e recheadas de achismos infundados, com manipulação de dados para o benefício de quem mais prejudica o desenvolvimento, fato que tem raízes em culturas onde existe até a separação da teoria e da prática, pois as pessoas destas regiões são incapazes de compreender que ambas funcionam conjuntamente e ainda existem aqueles que pregam o discurso de que elas, teoria e prática, sempre devem ser separadas, demonstrando uma total subserviência à ignorância.
E enquanto a ignorância domina alguns mercados as poucas empresas inteligentes se esforçam para levar aos seus clientes produtos e serviços interessantes, relevantes e que venham ao encontro de seus desejos, fazendo-se valer do uso do conhecimento e abrindo sempre uma nova oportunidade ao abdicar da estagnação para deixar que seus colaboradores contribuam diariamente com ideias viáveis que se transformam nos produtos e serviços de referência local e, porque não, global.