25 de julho de 2014

As pesquisas inteligentes e o desenvolvimento organizacional em Marketing

Pesquisas desconectadas da realidade trazem distorções para o ambiente organizacional, e quando este já está comprometido há a estagnação plena que impede o desenvolvimento de soluções reais para os seus clientes, ainda mais quando os colaboradores não são capazes de compreender o significado de uma pesquisa, ou estudo, bem efetuado e voltado para a geração de uma solução que chega ao consumidor na forma de um produto, serviço ou experiência significativa.
Saber elaborar uma pesquisa é um desafio para as empresas, ainda mais quando o mercado está repleto de estudos que não fornecem a visão da realidade, sendo embasados por distorções falaciosas e que visam diminuir ideias e até mesmo pessoas, enquanto que as empresas inteligentes sabem exatamente o que precisam buscar para então corroborar ou refutar suas premissas ou ideias.
Mas este tipo de constatação é de difícil assimilação por aqueles que sempre tratam as pessoas como peças descartáveis, e isto chega a ser parte da cultura local de tal maneira que as poucas organizações que saem da mesmice são punidas por criar produtos, serviços e relacionamentos melhores do que os medíocres que ocupam espaço no mercado, revelando um viés que afronta a inteligência e coloca de lado qualquer chance de desenvolvimento.
Além deste fato é preciso observar que empresas repetidoras da mesmice existem em grande maioria, e muitas delas não sabem porque não conseguem se destacar, e mesmo assim não olham para dentro de si e notam que apenas seguem os passos de outras empresas e nada fazem para mostrar para seus clientes que toda a sua atenção e dedicação está voltada a eles, fruto de uma visão tacanha que compromete integralmente a empresa como um todo e ainda pune qualquer colaborador que saia do famigerado perfil.
Isso também ocorre porque as empresas têm preguiça em fazer o que devem, tentando sempre se apropriar do que funcionou em outra ao invés de criar por si só seu próprio caminho, chegando ao cúmulo de dizer que tudo o que copiam é benchmarking e que mudança é jogar a história da empresa no lixo para começar de um suposto zero.
Obviamente a limitação causada pelos cabrestos é de alto nível e faz com que o mercado não gere novas soluções em um ritmo que possa levar a mais clientes os produtos e serviços que se encaixam nos desejos das pessoas. dando a tônica para que se perceba porque poucas empresas se destacam e são capazes de fazer por elas mesmas os seus caminhos.
Também é visível a falta de compromisso com a seriedade das empresas medíocres que pesquisam o que não é relevante e deixam abandonado o que fará com que a organização cresça e conte com os melhores clientes, algo que pode parecer absurdo e ainda é tão comum que as empresas medíocres vivem culpando as organizações inteligentes por tudo aquilo que elas não fizeram.
E desta forma é interessante observar que esta cultura da culpa é difundida de tal modo que os colaboradores adentram o ambiente organizacional e já buscam alguém para culpar, além de tentar eliminar quem atrapalhe, demonstrando que a ignorância é vigente e por isso a implosão do mercado estático é natural.
Com isso surge também a premissa de que a empresa não tomou suas decisões porque seus concorrentes o fizeram antes, alardeando um discurso onde ela, a empresa que nada faz para merecer manter suas atividades no mercado, é vítima de quem trabalha, aumentando ainda mais o absurdo que corrompe a organização e faz com que ela própria viva se sabotando.
Neste ponto também recai um excesso de protecionismos ilógicos que deixam os incompetentes sob uma redoma e os enfraqueça mais a cada dia, pois uma empresa, e até pessoa, que não viva no mundo real jamais saberá o que pode fazer de útil para o mercado e para si própria, abraçando e não soltando mais a prática do coitadismo num mercado global onde as oportunidades se apresentam e são aproveitadas por quem sabe usar seus esforços para ir sempre um passo adiante a cada dia.
E assim as pesquisas e estudos também vão se moldando de acordo com a capacidade de vivência no mundo real das empresas, e pessoas, saindo da zona de conforto por querer oferecer mais aos clientes e saber que toda informação é útil àqueles que possuem inteligência, mesmo que seja para descartá-la.