22 de setembro de 2014

Visão, inteligência e diferenciação organizacional no atendimento ao consumidor em Marketing

São raras as empresas que sabem atender seus consumidores, principalmente nos mercados onde a mediocridade é mantida em detrimento à meritocracia e responsabilidade, criando uma horda de seres mecanizados ao invés de colaboradores que pensam e conseguem interagir entre si e com o cliente.
Ver o consumidor como um cofre a ser esvaziado é uma prática comum das empresas incompetentes e adeptas dos discursos exclusivos de direitos sem deveres, ainda mais quando os colaboradores não são minimamente preparados para lidar com outras pessoas e ainda se colocam acima de tudo, principalmente dos clientes da sua empresa.
Por esta razão é que as empresas adotam práticas onde a mesmice é o melhor que podem produzir, preferindo tratar o consumidor como uma peça que passa pelas suas instalações e é jogada fora o mais rapidamente possível, assim como ocorre com os colaboradores e é fruto direto da visão de que pessoas são recursos humanos.
Isto fica ainda mais grave quando as empresas se comportam como gavetas divididas que devem ter suas partes preenchidas por pessoas, independentemente das habilidades, conhecimentos, individualidades etc., uma vez que são apenas peças que podem ser repostas rapidamente, já que o mercado se tornou uma fábrica de seres adestrados através de processos que são chamados de treinamentos e que jamais fortalecem habilidades.
Desta maneira o adestramento também se multiplica e as empresas vivem um eterno ciclo de rotatividade de colaboradores iguais e que em breve sairão de uma organização e irão para a seguinte, oferecendo as mesma falta de qualidade e incompatibilidade com o mundo real e inovador que requer um desenvolvimento contínuo das pessoas em todos os níveis.
Obviamente os viciados em discursos falaciosos se apegarão às mentiras de que o mercado não consegue oferecer colaboradores mais bem preparados, só que estas pessoas contratam diariamente as mesmas pessoas para ocupar o espaço vago deixado por aquele que saiu, sem precisar saber mais do que o antecessor e ser exatamente formatado da mesma maneira do que o sucessor, criando um ciclo vicioso que impede o desenvolvimento das empresas pela mera vontade do contratante que se sente ameaçado se trouxer pessoas preparadas para a sua empresa.
Com isso é fácil compreender como as empresas entram numa guerra interna que infecta o mercado e faz com que as outras organizações evitem ao máximo fugir do padrão de adestramento, reduzindo assim a diferenciação organizacional e criando mais dificuldades do que oportunidades para se desenvolver, parando no tempo e também encontrando um cenário onde as pessoas abandonam suas individualidades para virar meras réplicas daquilo que não é mais útil nos mercados inteligentes.