21 de agosto de 2014

A diferenciação inteligente e a relação das empresas com a individualidade dos colaboradores na construção de produtos, serviços e relacionamentos com o cliente em Marketing

Uma empresa que procura desesperadamente os clientes dos concorrentes jamais terá tempo para dar a devida atenção aos seus clientes, preferindo investir em ações que não trazem resultados sólidos porque acham que podem atender a todos os consumidores do planeta, demonstrando ausência de conhecimento, inteligência, visão e comprovando que sequer precisa existir.
Diariamente as empresas medíocres se utilizam de ações mirabolantes para cativar os clientes da concorrência ao mesmo tempo em que tratam com desdém seus clientes, deixando-os sempre em último plano e fazendo o máximo para que os consumidores novos sejam jogados na mesma lista o mais rapidamente possível, com o intuito de correr atrás de mais clientes dos concorrentes para oferecer-lhes produtos e serviços que não passam de propaganda enganosa.
Mas isto se deve à cultura local que não se baseia no relacionamento, pois as pessoas tratam umas as outras como objetos, principalmente quando se é observada a manutenção dos famigerados departamentos de recursos humanos que nada mais são do que linhas de produção onde as pessoas são tratadas por perfis irrelevantes e que não toleram a existência do indivíduo.
Este tipo de ação é fruto de uma tentativa de se formatar pessoas sob um molde que elimina cada ser humano para colocar em seu lugar mais um objeto, que, enquanto funciona, é tratado, ironicamente, como funcionário, mas assim que apresenta um defeito como criatividade, visão, uso dos conhecimentos, experiências, inteligência etc., é descartado rapidamente para não causar problemas à empresa e às demais pessoas que ali se encontram.
Com esta ocorrência é fácil entender porque as empresas preferem as pessoas adestradas e não aquelas que pensam, pois até mesmo o cargo ocupado passa a definir quem a pessoa é, e não a sua capacidade de criar soluções e permitir que mais pessoas o façam, algo muito comum e que também envolve o uso da culpa do outro em detrimento às suas responsabilidades individuais.
Obviamente a mediocridade é favorecida nestes modelos de falta de gestão, pois tudo é tratado como se jamais fosse evoluir, adaptar-se à realidade do mundo contemporâneo ou abrisse espaço para que as pessoas pudessem ter suas personalidades individuais intactas e propensas ao aprendizado que oferece novas formas para se perceber os usos e aplicações dos mais diversos conhecimentos na construção de uma solução, seja na forma de um produto, serviço e relacionamento.
Outro ponto que agrava ainda mais o cenário é o adestramento ao qual as pessoas se submetem para reduzir suas responsabilidades em todas as dimensões, pois passam a tratar a si próprios como coisas que devem funcionar sempre da mesma forma, sem haver qualquer busca pelo aperfeiçoamento ou sequer tomar decisões relevantes e que se baseiam no mundo real.
E então o ciclo vicioso passa a valer como um padrão que nivela por baixo tudo o que existe, chegando ao ponto de tratar as pessoas como objetos idênticos e sem personalidades, conhecimentos, experiências, aprendizados, visões etc. individuais, o que acaba por dar um tom comum a tudo que existe.
Deste jeito as mentes medíocres acham que pessoas, objetos, ideias etc. são commodities, como se isto fosse possível no mundo real que oferece oportunidades a todos aqueles que não estão ocupados demais tentando culpar os outros por aquilo que devem fazer, mas não o fazem porque é muito mais rápido destruir uma solução do que criar outra que seja relevante, ainda mais quando dentro da empresa há o hábito de sempre se contratar as mesmas pessoas, com as mesmas ideias e os mesmos conhecimentos obtidos através do adestramento tão desejado pelos medíocres controlados pelos titeriteiros.