6 de outubro de 2006

O que é Marketing

Muitas vezes, em sua grande maioria, as pessoas não compreendem exatamente o que significa um determinado termo, por ser algo que não faz parte do seu dia-a-dia ou então porque alguém já lhe distorceu o significado da palavra, isto é muito comum em todas as áreas, pois cada termo usado é composto por idéias diferentes, cada uma das ciências existentes adapta seus conceitos de forma a demonstrar sentido às idéias elaboradas, suas aplicações e o trabalho realizado sobre a coleta de informações e pesquisas feitas para chegar em um conceito realmente puro, simples e que possui bases concretas para sua aplicação dentro das organizações.
Um destes termos "distorcidos" é o Marketing, muito discutido e usado de forma errônea por muitas pessoas, pois desta ciência muito pouco conhecem ou mesmo julgam desnecessária para seu quotidiano, praticando-o de maneira errada, ou mesmo utilizando-se de outras ciências e demonstrando total desconhecimento do Marketing, apenas dizem: "isto é marketing".
Com o passar dos anos, a evolução natural dos mercados e a chegada da era do conhecimento, ainda é estanho que mesmo em grandes empresas haja relutância em aceitar que o Marketing é parte do conjunto da empresa, não apenas uma parte que visa "jogar pela janela" muito dinheiro, mas ainda há muito o que aprender, em todas as ciências, e como o Marketing ainda é uma criança, quando comparada as outras ciências, especialmente no Brasil, fica claro o desconhecimento das pessoas em geral do termo, ou ainda associam-no às pessoas que fazem apenas o mal para os demais visando lucro, por isso os profissionais de Marketing ainda têm muito a realizar e trabalhar para que todos compreendem ao menos um pouco desta ciência.
Segundo
Max Gehringer:
Tudo começa onde quase tudo o que é moderno começou: a antiga Grécia. O deus Hermes, filho de Zeus e Maia, já nasceu mostrando que precocidade era com ele mesmo: em seu primeiro dia de vida, entre uma mamada e sonequinha, Hermes inventou a lira e roubou os bois do deus Apolo. Impressionado com tanta vitalidade, Zeus fez de Hermes o deus mais polivalente do Olimpo: entre outras atribuições, ele se tornou mensageiro dos deuses, protetor dos ladrões, dos jogadores e dos oradores e guia dos viajantes perdidos. Foi então que o Império Romano perpetuou algo que há 2.000 anos chamava "invasão" e no mundo dos negócios de hoje em dia chamaria de "incorporação": apossou-se das terras, das riquezas e dos deuses gregos. E, como sempre acontece nessas incorporações, Hermes recebeu ainda mais trabalho do que já tinha: foi nomeado deus da indústria e comércio. E, da palavra latina para "mercadoria", mercis, derivou o novo nome que dali em diante Hermes deveria ostentar em seu crachá de deus romano: Mercúrio.
Da mesma palavra mercis derivaria mais tarde o termo francês marché, o "mercado", onde as mercadorias eram comercializadas. Os ingleses gostaram da palavra e a incluíram em seu dicionário, inglesando a pronúncia e a grafia. Foi daí que marché virou market.
Foi só no século XX - mais especificadamente na década de 1950, nos Estados Unidos - que a palavra, até então usada livremente por qualquer feirante, virou ciência. De market surgiu "marketing" - "tudo o que influi na comercialização de um produto". No Brasil, a área de marketing aportou na década de 1960, e seus primeiros profissionais levaram uma canseira danada quando tentaram explicar para o resto da empresa exatamente o que eles faziam (ou pretendiam fazer). Mas o pessoal, por assim dizer, mais "antigo" da empresa não engoliu a explicação. Então, os pioneiros do marketing no Brasil decidiram radicalizar: passaram a vestir calça verde, camisa marrom-café, paletó xadrez e gravata cor de abóbora, ou qualquer outra combinação de cores que pudesse ser percebida a no mínimo 500 metros de distância. E aí todo mundo entendeu: realmente, marketing era algo completamente diferente.
Hoje, ninguém mais discute a importância do marketing, muito pelo contrário. Qualquer funcionário sabe que, para progredir na carreira, é preciso ter "marketing pessoal". E o que é isso? Exatamente tudo, como num produto: o conjunto de escolaridade, experiência e habilidades. Mas há uma lição que os primeiros marqueteiros ensinaram há 50 anos e que continuam sendo a chave de tudo: visibilidade. Produto que não é visto não é comprado. E profissional que pretende ser promovido precisa estar constantemente em evidência. Cabe a ele provar, todos os dias, por que é diferente, melhor e mais eficaz que seus concorrentes. Se não conseguir, vira uma marca de segunda linha dentro da empresa e aí corre o risco de mofar no organograma. Se existe um "plano de marketing" detalhado para um produto, não há motivo para não existir um "plano de marketing pessoal" mais detalhado ainda. E ele começa com as duas perguntas básicas do marketing:
1. O que o produto "Você" tem que os outros ainda não tem?
2. Todas as pessoas com poder de decisão na empresa sabem disso?
Fonte: parte do texto é do
autor: Max Gehringer, retirado da revista Você s.a.edição 49.