14 de agosto de 2013

O autoconhecimento na tomada de decisões e o desenvolvimento contínuo das organizações em Marketing

Se a sua empresa não consegue dar um passo à frente por conta própria, não é sendo pressionada pela concorrência que terá capacidade de tomar as decisões mais inteligentes, perdendo todas as referências e se deixando levar por um desespero que contamina o ambiente interno e afasta os clientes pouco a pouco.
A capacidade decisória das organizações pode ser fortemente pressionada pelos concorrentes mais bem preparados quando elas sabem que seus potenciais são estruturados sobre o conhecimento e sua aplicação contínua nas ações que levam a ofertar produtos e serviços no mercado.
Mas muitas delas deixam de aproveitar seu tempo para se desenvolver por conta própria, preferindo que soem os alarmes quando muito pouco pode ser feito e exterminando todas as suas ações de comunicação com o cliente, impedindo-o de ser atendido novamente ao mesmo tempo em que os afastam sem saber ao certo o motivo desta ação.
Isto acontece quando as empresas não tomam suas decisões por buscarem sempre a inovação, parando no tempo e transformando tudo em mera commodity.
Este tipo de comportamento também se reflete na contratação e relacionamento com as pessoas, sejam clientes ou colaboradores, partindo para a prática da substituição contínua de ambos, já que são peças disponíveis nas prateleiras do mercado.
Além de afetar as decisões inteligentes, esta ação faz com que não existam mais pensamentos dentro das organizações, fato que dá ao achismo um status tão elevado que deixa de ser a exceção para virar a regra na tomada de decisões, bem como no relacionamento interpessoal.
Mas o que estas empresas atrasadas, e que diariamente ganham mais adeptos, não enxergam são os benefícios da diferenciação, que tem como base o relacionamento entre as pessoas e a oportunidade gerada sempre que ideias são trocadas, ainda mais quando a sua empresa opta por sair dos trilhos cíclicos fechados em túneis que não levam a lugar algum além da repetição perpétua das mesmas ações.
Então o uso do conhecimento também é levado a outro patamar, sai do mero armazenamento e passa a fazer parte do dia a dia dos colaboradores, independentemente do nível hierárquico, pois a relação interna não impede que o desenvolvimento e a inovação caminhem juntos e estejam amplamente disseminados dentro das empresas inteligentes e vanguardistas.
Por isso o posicionamento voltado à inovação faz a diferença na hora em que a empresa elabora seus produtos e serviços, não os criando para serem eternamente produzidos, mas deixando que se adaptem continuamente à contemporaneidade do mercado.
Desta forma a empresa não aguarda que os concorrentes saiam na frente para depois copiá-los indiscriminadamente, algo corriqueiro e que ocupa cada vez mais espaço nos mercados que não são abastecidos com o desenvolvimento e conhecimento por terem empresas que ainda enxergam pessoas como peças que funcionam e não podem contribuir para mais nada.
Mas o mercado possui empresas que procuram se desenvolver e que inovam continuamente, atestando que a criatividade trabalha com um número adequado de informações, tornando-se mais clara e objetiva em sua proposta, deixando que as oportunidades sejam aproveitadas para que soluções sejam propostas e se encaixem no potencial organizacional, tendo na integração das áreas muito mais do que a mera utilização de uma cadeia construtiva que ao final do processo resulta em um produto ou serviço.
Com isso, as empresas que compreendem que a criatividade possui limites conseguem tornar seus produtos ou serviços viáveis ao mercado e seus clientes, trazendo para ambos uma proposta que não fuja ao controle de percepção e análise, assim como a solução proposta também encaminha oportunidades futuras.
Mesmo assim existem empresas que acham que a criatividade é ilimitada, e por isso diariamente muitos produtos e serviços sucumbem, podendo alcançar o extremo de carregar as empresas neste mesmo colapso que consome praticamente toda a história da empresa.
Também é preciso salientar que para se criar uma solução interessante é preciso mais do que uma proposta, pois ela deve ser viável, partir de uma ideia que pode contemplar referências diferenciadas, que tenham vindo de outras áreas, de outras empresas e até mesmo de organizações que não são concorrentes diretas da sua.
Mas isto vai envolver um conjunto de variáveis amplo, mas que não foge ao controle, pois ao manusear corretamente todas as informações devidamente agrupadas sob uma proposta na forma de ideia, é possível trazer a expertise de todas as áreas para sanar o máximo de arestas existentes, sendo que parte destas arestas não estão dentro da organização, mas estão alocadas na concorrência.
E para que as ações da empresa deem certo é necessário que toda a organização consiga produzir o que é proposto, pois de nada adianta ter uma ideia que não pode ser transformada em produto ou serviço pela empresa, e é justamente isso que acontece diariamente com muitas ideias que apenas foram jogadas na linha de produção e não foram analisadas por ângulos variados.
Este comportamento ocorre naturalmente nas empresas que se acham indestrutíveis, insuperáveis e que jamais perderão clientes, colocando em foco a falta de visão contemporânea, apegando-se ao passado que não teve sua estrutura voltada ao desenvolvimento e que incorre em equívocos que ancoram as empresas e não mais as libertam.