23 de dezembro de 2006

O novo P do Marketing

As empresas produzem bens e serviços, são produtos gerados para atender aos desejos e necessidades do consumidor, levando em conta suas Pesquisas, feedbacks, estudos etc.
Com a evolução natural do mercado, o consumidor passou a ser mais exigente quanto aos produtos e serviços que consome, desde a embalagem até a qualidade do produto ou serviço em si, trazendo ao profissional de Marketing a oportunidade de aprender cada dia mais e lembrar que para a existência da sua organização no mercado deve-se prestar atenção no que o consumidor deseja adquirir, quais as necessidades a serem supridas.
Muito mais do que lembrar do mix de Marketing (4 P´s) deve-se ter em mente que um dos pontos mais importantes durante todo esse processo é a pessoa (people), o quinto P do Composto mercadológico de Marketing.
Sem pessoas não são produzidos produtos e serviços, não há para quem vender e razão para uma organização existir, nada mais óbvio que isto.
Mas há muito mais do que simplesmente inserir a pessoa neste processo, saber que alguém existe não quer dizer que há a devida valorização, em algumas empresas pessoas entram e saem da linha de produção e representam apenas números.
Uma organização preparada para sobreviver neste século recém iniciado deve trazer em seu planejamento o que ofertará às pessoas da empresa, para todas que estão envolvidas direta ou indiretamente no processo, desde os seus próprios funcionários até seus fornecedores.
Quando uma empresa recebe todos os certificados de qualidade, de respeito ambiental etc., deve também priorizar seu principal colaborador, o homem.
Muito mais do que treinamentos, fazer atualizações de conhecimento (reciclagem deve ser um termo abolido neste novo século), envolver as pessoas em ações junto à comunidade e possibilitar a geração de novas idéias.
Muitas organizações iniciaram processos para que suas estruturas possam dar espaço para a criatividade de todos, desde o funcionário mais modesto até seus presidentes, pois existem inúmeros pontos que só podem ser apontados por aqueles que vivem diariamente a realidade, seja na produção ou mesmo na gerência.
Há de se cultivar dentro das organizações a cultura da mudança, essa nova percepção não gera custos, são investimentos realizados e que geram frutos duradouros, sendo que o último deles é o lucro, pois as pessoas ganham motivação para trabalhar, têm programas para melhorar seus conhecimentos, geram riqueza intelectual e tornam a empresa em um organismo "vivo".
Com o passar dos anos as organizações poderão aprender e ensinar umas as outras as Vantagens competitivas conquistadas ao investir em pessoas, especialmente na chamada era do conhecimento, comprovando que uma empresa sem pessoas não gera nada, porque sempre é necessário alguém para apertar o botão que inicia a produção.
Alguns mercados exigem das empresas ações que promovam Responsabilidade Social, mas antes devem fazê-la dentro da organização, essencialmente porquê o primeiro cliente da empresa é seu funcionário, algo que poucos têm visão e percepção para perceber.
Daqui a alguns anos, apenas as organizações que investirem neste quinto P poderão sobreviver, mas para que esse P seja valorizado há de se aprender a valorizar o Talento Humano e não os recursos humanos que muitas empresas ainda usam.