19 de agosto de 2013

A inteligência do autoconhecimento organizacional e os investimentos em desenvolvimento em Marketing

Reciclar pessoas é a especialidade de todas as empresas que tratam os seres humanos como lixo após seu uso, deixando evidente que até mesmo seus clientes são como objetos que possuem uma data de validade que neste caso se chama dinheiro.
Não saber lidar com pessoas é a especialidade da maioria das empresas, criando fantasias através de nomes diferenciados para encobrir o adestramento e uso dos seres humanos, encontrando em muitas destas pessoas uma defesa que demonstra o total desconhecimento imposto como regra na sociedade.
Isto também deixa muito evidente que a cada novo adestramento, chamado de treinamento motivacional, as pessoas são envolvidas por práticas que tentam influenciar cada colaborador com as mesmas coisas, e muitas delas não fazem o menor sentido.
Outro aspecto interessante é a eterna coisificação das pessoas, especialmente se a empresa ainda acha que seres humanos são recursos, e o fazem de forma tão escancarada que até possuem um departamento de recursos humanos, que no fundo é apenas um meio para controlar o uso do estoque de pessoas.
Desta maneira o mercado fica abarrotado de colaboradores que não pensam, e que é uma exigência das organizações, pois se alguém tiver um mínimo de imaginação criativa é tratado como um problema a ser erradicado da empresa, para que sem seu posto uma nova peça seja inserida.
Neste modelo também é possível perceber que os clientes são bem-vindos até que seu dinheiro acabe, e as empresas não medirão esforços para sempre contar com uma nova aquisição, pois todos os dias elas recebem novos consumidores.
Obviamente estes modelos vão de encontro ao que é feito pelas organizações inteligentes que sabem se relacionar com pessoas, e que inicialmente aboliram todas as práticas que transformam as pessoas em mercadorias que se encontram em prateleiras, mas que é um conceito avançado demais para muitas das pessoas que se deixam adestrar só para se encaixar numa empresa qualquer.
Além destas ocorrências há também a autodestruição gradativa do aprendizado das pessoas, que vão se deixando levar por modismos e não buscam se diferenciar, e isto ocorre de forma tão aberta que estas pessoas sequer compreendem o próprio idioma, aquilo que leem, como podem aprender, como se relacionar com as demais pessoas etc., revelando a intoxicação contínua e sistemática que tenta transformar tudo, incluindo-se também as pessoas, em um objeto comum.
Então o impacto no mercado é fulminante quando o assunto é desenvolvimento, pois estas pessoas acham que até mesmo o conhecimento é uma commodity, assim como os demais seres humanos são peças, ou baterias, que são usadas até findar sua funcionalidade.
Com este modelo é usado o método de mecanização integral, retirando das pessoas as suas personalidades individualizadas para gerar um conceito equivocado que diz que todos são idênticos e portanto não podem sair dos trilhos aos quais estão eternamente presos, comprovando que o mercado, em sua maior parcela, deixou-se escravizar por um sistema em que tudo é feito para eliminar o desenvolvimento, eternizando as práticas de tal maneira que até mesmo as pessoas são encaradas como peças de uma linha de produção sem fim.
E enquanto isso ocorre as poucas empresas inteligentes aproveitam o momento para incentivar seus colaboradores a aprender de maneira integral, que sai além das atividades quotidianas e alcança a vida pessoal de cada colaborador, pois uma ideia só nasce quando diversos conhecimentos são interligados e compreendidos, fruto do pensamento que se torna cada vez mais raro devido à expansão da reprodução exaustiva das mesmas coisas.
Entretanto, é preciso também que as empresas sejam eternas aprendizes, e isto só se transforma em realidade nas organizações que preferem seguir em frente, buscando novas soluções através de estudos e pesquisas que vão ao encontro do tempo contemporâneo em que elas aplicam o conhecimento.
Por isso as empresas mais criativas não existem sem colaboradores que estejam continuamente desenvolvendo suas habilidades, buscando novos conhecimentos, utilizando-se de referências que saem do comum e tendo ideias que são estudadas e avaliadas da maneira correta, integrando todas as áreas e fazendo com que estejam dentro do potencial produtivo da empresa no momento adequado.
Para muitas empresas o mercado é apenas uma prateleira recheada dos mesmos objetos, com possibilidade de trocas de mesmo nível e sem desvio, mas do outro lado estão as organizações que buscam se diferenciar ao dar condições para que seus colaboradores estejam cada vez melhores e mais aptos a ter ideias desafiadoras e inteligentes, pois preferiram abandonar o processo produtivo da mesmice assim que iniciaram suas atividades.