24 de maio de 2013

A visão de Marketing na conexão interna das áreas e no desenvolvimento de soluções para os clientes através do relacionamento inteligente

Muito se fala da conectividade existente na atualidade, mas poucas organizações estão conectadas em seus ambientes internos, comprometendo o relacionamento com o consumidor que se inicia na relação entre todas as áreas e colaboradores, mas que são banidos por terem como efeito colateral a criação de novas soluções, a idealização de projetos vanguardistas e altamente desejados pelos clientes, mas que são abandonados porque as organizações precisarão tomar para si a responsabilidade de todas as áreas atuarem em conjunto para levar ao consumidor aquele produto ou serviço.
A conectividade das áreas não tem relação exclusiva com o volume de informações acessadas, mas inúmeras empresas caem neste engodo que as leva a utilizar sistemas cada vez mais atualizados, rápidos e precisos que não geram novas criações, pois o vínculo da informação é feito apenas pelo seu recebimento, e não pelo uso em si, pela troca de experiências com as outras áreas, colaboradores e até mesmo consumidores, fazendo da empresa um mero caminho por onde circulam dados que não são aplicados e tampouco compreendidos.
Além disso, as empresas também viram reféns de modismos sem necessidade, evidenciando um despreparo para lidar com o mercado, suas mudanças e o que o seu cliente deseja, pois a maioria das empresas apenas produz e não sabe a razão pela qual toma para si este processo, evidenciando novamente a mera fabricação sem valor em nenhum campo imaginável.
Então o que permite que as empresas se mantenham viva não é apenas o sistema de informações criado e utilizado internamente, pois o organismo chamado mercado tem inúmeros canais para irrigar as empresas com informações em um volume que exige muito conhecimento para que se filtre o que é interessante agora, o que aponta uma nova tendência de mercado e o que não terá impacto na empresa de maneira alguma.
Isto coloca em xeque muitos modelos que apenas repetem os passos eternamente sem analisar profundamente o que a empresa consegue fornecer ao cliente e o que o cliente deseja, impedindo que seus colaboradores se comuniquem e então fiquem conectados sob um foco que aponta para, no mínimo, a criação de um novo produto ou serviço, mesmo quando a solução proposta não é direcionada diretamente para o consumidor, fazendo da composição das áreas, suas trocas e interações um novo modelo que não administra mais o passado, mas traz todo o histórico ao presente, acompanhando-o e visualizando o futuro, já que esta empresa não deseja perder clientes.
Mesmo assim muitas empresas se esforçam diariamente para encaminhar para seus ambientes informações inválidas, que não agregam nada do que é necessário para gerar o desenvolvimento, estimulando continuamente em seus colaboradores a busca por informações, mas sem dar-lhes a oportunidade de estudar, analisar e aplicar o que encontraram ou então descartarem o fruto da busca.
Por esta razão é que diariamente o consumidor sofre com as empresas que não sabem o que é o relacionamento, pois internamente as empresas estão ligadas e não se comunicam verdadeiramente, separando cada grupo de pessoas em departamentos trancafiados em salas que mais parecem caixas invioláveis e que não se deixam abrir porque o inimigo, que é o colaborador da mesma empresa, pode conseguir uma informação que não lhe cabe.
Nestes modelos de gestão o que menos existe é a administração, havendo apenas um processo que faz de todas as áreas uma linha que repassa para as outras o que fizeram, e por isso deixam de aproveitar melhor o contato entre os colaboradores, pois acham que irão perder tempo se alguém conversar e criar uma solução que encantará o cliente e fará desta empresa algo diferenciado em meio ao mercado inundado de cópias, colocando sempre a culpa de qualquer ação naqueles que, a seu ver, são apressados e sempre querem fazer algo diferente, sendo que estas organizações estão presas à mesmice de tal forma que não podem deixar que as ideias sejam distribuídas em seus ambientes, porque isto lhes causaria problemas.
É notável também que as empresas incompetentes sempre dão um jeito para tomar para si o discurso da impossibilidade plena, inclusive de mudança, porque é um custo com o qual a empresa não quer arcar, enquanto isso seus concorrentes estão aprimorando suas conexões e dando mais tempo para que cada um de seus colaboradores traga mais ideias para dentro da empresa, fato que é experimentado apenas quando existe vida inteligente dentro das organizações, uma variável escassa e cada vez mais rara devido às falsas premissas de conectividade da empresa com o mercado.
Com isso, muitas empresas ficam à deriva das decisões alheias, dependendo daquilo que o seu concorrente fará, praticando eternamente a mera cópia das ações dos outros, prendendo as mentes de seus colaboradores em caixas departamentais que se isolam para não encontrar soluções, pois é isto que o gestor deseja, impedindo que novas portas se abram pelo medo de não dar certo, só que se a empresa não se abre para simplesmente pensar e analisar sugestões nada mais pode ser feito e as atividades serão encerradas em breve.
Então, para as empresas comuns e dependentes dos outros, o jeito é observar atentamente o que o concorrente está fazendo, para depois copiá-lo e sofrer com as vendas irrisórias e altamente custosas que se alastram porque estas empresas querem retirar do concorrente um cliente ao invés de se relacionar melhor internamente e com os seus consumidores, apontando novamente para uma incompatibilidade de ações, investindo em comunicação no lugar errado, da maneira errada e para as pessoas que dificilmente permanecerão na base de clientes destas empresas, já que assim que adquirem um produto ou serviço são tratadas como os demais consumidores, esperando o que jamais acontecerá.
No entanto o consumidor vem mudando seu comportamento, algo que deve ser acompanhado de perto pelas empresas, ainda mais com as redes e mídias sociais que se transformam em ferramentas para uma comunicação ágil e simplificada, enviando para qualquer parte do planeta a informação positiva ou negativa sobre a sua empresa, não mais influenciando um grupo restrito de pessoas, mas marcando o nome de todas as empresas em um nível global.
Por esse motivo é preciso que as empresas compreendam que todas as suas áreas dependem diretamente da conexão com o mundo, com seus consumidores, colaboradores, fornecedores, distribuidores e até concorrentes, para que suas atitudes sejam cada vez mais assertivas e não deixem a desejar e acabem dando de bandeja para a concorrência os clientes que levaram muito tempo para conquistar.