17 de maio de 2013

Oportunidades de Marketing na individualização das empresas e o benchmarking para a diferenciação de produtos e serviços

Não perder oportunidades é parte de um discurso muito utilizado dentro de qualquer organização, mas poucas se dão conta de que diariamente deixam de aproveitar o que possuem para copiar o concorrente, desagradando seus próprios clientes e passando a mensagem de que a outra empresa é melhor, por isso existe o interesse em copiar tudo o que esta outra organização faz, sem exceção.
Ter um concorrente como referência em um mercado só é possível quando a empresa é inteligente o suficiente para observar que não são todas as experiências alheias que podem ser estudadas e então usadas como fonte para que uma ação, ou até estratégia, seja desenvolvida e colocada em prática.
Mas o que se vê no mercado é oposto à inteligência, preferindo-se copiar descaradamente todo e qualquer concorrente ao invés de se pensar em algo que atenda ao seu consumidor, além de mostrar claramente para esta pessoa que a sua empresa é incapaz de inovar, de criar produtos ou serviços que se encaixem nos desejos do consumidor, gerando assim a prática de ações cada vez menos exclusivas.
Ainda assim o mercado pode contar com organizações que vão em sentido oposto, que buscam a diferenciação que se alinha com os desejos do consumidor, não porque precisam ser diferentes, mas porque sabem que são e é assim que agem, trazendo este ponto positivo para o relacionamento interno e com cada um dos seus clientes e saindo da linha da mesmice que se instala em alguns mercados.
Porém, é necessário que cada empresa tenha consciência de que é um organismo individualizado, que interage com o mercado e abrange uma capacidade de inovação que sai da linha comum quando a personalidade da empresa é mantida, aperfeiçoada e se adapta rapidamente às mudanças que surgem diariamente, o que faz do processo de pesquisa um instrumento que aproxima a empresa do cliente e a distancia de seus concorrentes ao satisfazer as pessoas.
É logico que muitas empresas vão se utilizar de discursos vazios para passar a mensagem de que são inovadoras, e naturalmente é preciso verificar que a acomodação, ou a chamada zona de conforto, vira uma constate que, quando bem aproveitada, pode trazer maturidade suficiente para que a excelência atinja todos os níveis hierárquicos e também deixe espaço para que a inovação continue, e isto se revela um exercício difícil de ser executado porque a maioria das empresas simplesmente não quer evoluir e tampouco ouve seus próprios colaboradores.
Também é possível observar que as empresas já nascem inspiradas em concorrentes diretos e indiretos, mas não devem se jogar no mercado apenas copiando o que funciona em uma organização, ainda mais quando existe a lucidez que constata que cada empresa tem a sua cultura individual, única e intransferível, mas que nos dias de hoje parece não mais existir pelo excesso de empresas criadas como meras cópias do que já não serve mais como referência local ou global.
Então é vital uma mudança que não se faz da noite para o dia, mas que pode servir como ponte para a oportunidade futura da empresa ser reconhecida e até virar fonte de referência para outros concorrentes, só que isto só irá acontecer quando as próprias organizações, através das pessoas, mudarem a visão de que tudo é descartável, incluindo-se aí seus próprios colaboradores e também clientes.
Enquanto esta mudança não acontece é possível notar que poucas organizações já não se colocam mais sob a influência de limitadores produtivos, tendo uma delimitação de ação muito bem conhecida por cada um de seus colaboradores, mas que não os impede de evoluir, receber os devidos treinamentos e não serem aprisionados pela estupidez contida nas hierarquias onde só um pode ter ideias, e que atualmente é o que domina a maioria das organizações e faz com que isto se torne parte do negócio, minando as melhores ideias e incentivando cada um de seus colaboradores, e por consequência seus clientes, a migrar para a empresa concorrente sem cerimônia alguma.
O maior desserviço que uma empresa pode fazer é não ouvir a si própria, perdendo sua personalidade com o passar dos anos ou então nascendo sem uma identidade própria, servindo apenas como mera repetidora dos passos dos concorrentes e tentando sobreviver em meio a um mercado globalizado que já aboliu fronteiras há muito e traz em sua natureza a competitividade nivelada pelos melhor que se pode oferecer, enquanto a maioria brinca de produzir e substituir peças ininterruptamente.