27 de julho de 2013

Marketing na construção do conhecimento, através das informações e seus respectivos filtros

Para uma empresa que não sabe o que faz, qualquer cliente serve, principalmente em mercados que não possuem o hábito do desenvolvimento e que vivem ancorados na mesmice como prática comum.
O autoconhecimento organizacional é crucial para a tomada de decisões, ainda mais quando os níveis de conhecimento são demasiadamente escassos, mas o número de informações acessíveis é gigantesco, e também confundido como conhecimento.
Esta distorção daquilo que é o conhecimento em si faz com que cada vez mais existam pessoas despreparadas para lidar com ele, partindo sempre do ponto em que o acesso às informações é tratado como sabedoria, algo que não o é e não será.
Isto ocorre porque existe a preguiça em se dedicar a transformar uma gama de informações variadas em conhecimento, as experiências também são afetadas por este movimento que leva nenhum lugar, encorpando o achismo como se fosse a verdade, quando no fundo esta ação é apenas o efeito colateral das suposições vazias.
Também é preciso observar que as empresas estão cada vez mais vazias quando o assunto é o conhecimento, mesmo quando seus bancos de dados estão recheados de informações, demonstrando que existe uma incompatibilidade entre os dados e sua conexão com a diversidade necessária para se elaborar uma ideia.
E seguindo neste caminho fica fácil entender porque muitas empresas não sabem mais lidar com os clientes, já que elas próprias são responsáveis pelo auto engano no uso das informações, especialmente se a análise destes recursos não é composta pela conexão dos dados, o que revela o empobrecimento intelectual pleno.
Desta forma as empresas mais bem preparadas ainda conseguem lampejos de criatividade, deixando que as linhas de produção produzam, mas que o pensamento também acompanhe este movimento, o que é difícil, pois a maioria das empresas transforma seus treinamentos em adestramentos especializados em apertar botões.
Então surgem as clássicas justificativas vazias que em nada contribuem para o desenvolvimento, tampouco podem satisfazer a necessidade de que haja uma conexão entre as informações e que isto as leva a se tornarem conhecimento se forem devidamente usadas, fato pouco provável em mercados onde o maior incentivo é o recebimento sem merecimento.
Com estas ocorrências graves é difícil imaginar como as empresas sobrevivem, principalmente quando se leva em conta a qualidade daquilo que é produzido, e aí também entram as ideias, que só existem se houver realmente um conhecimento, o que não o torna pontual, pois nem toda ideia é viável, e poucos sabem disso.
E enquanto algumas empresas brincam no mercado outras buscam se diferenciar, o que é um novo passo em direção ao conhecimento, especialmente porque o conhecimento só é reconhecido se for aplicado em algum lugar.
Também ficam cada vez mais raros os diferenciais perceptíveis pelos clientes, o que é fruto da incompatibilidade atual do conhecimento com as empresas, pois elas se transformaram em meras reprodutoras de produtos ou serviços praticamente idênticos, o que parece um benefício e no fundo só faz valer as escolhas das empresas mais inteligentes, já que elas tomam a dianteira e fazem investimentos para criar produtos e serviços antes dos concorrentes, para que depois sejam exaustivamente copiadas e novamente deem mais um passo para frente.
Com tudo isto ocorrendo é necessário que as empresas façam o máximo para aliar os processos produtivos com a criatividade, inovação, uso e aplicações do conhecimento, o que não é muito fácil de fazer dentro de mercados em que as pessoas possuem um acesso quase ilimitado às informações, mas não sabem o que fazer com elas.
Diante deste desafio também entra a capacidade de se filtrar as informações de maneira inteligente, mas novamente existe um gargalo muito restrito nesta atividade, e então os exemplos ficam cada vez mais raros devido à incapacidade local de se usar as ligações entre dados que parecem opostos e se transformam em informações imprescindíveis ao exercício de um negócio, gerando ideias diferenciadas e dando às empresas a capacidade de usar as informações pertinentes aos seus respectivos ambientes, direcionando-as corretamente e deixando que as áreas trabalhem integradas para construir seus produtos e serviços.
Ainda assim é preciso que a empresa tenha em mente que sua produção sempre deverá estar estruturada e direcionada a um público-alvo, e que dificilmente surge de maneira rápida, trazendo novamente a necessidade de saber lidar com estudos e pesquisas recheadas de informações que apontam para um caminho que somente as empresas inteligentes conseguem percorrer, pois jamais se deixarão acomodar internamente.