18 de julho de 2013

Os ambientes, sua influência no relacionamento das empresas com seus clientes e o desenvolvimento contínuo em Marketing

Atualmente as empresas tratam as pessoas como se fosse commodities disponíveis no mercado, podendo ser substituídas a qualquer instante por outra peça idêntica, sem levar em consideração as histórias de cada indivíduo, suas experiências e conhecimentos, gerando assim um sistema de rotatividade encarado como normal, mas que abre espaço para as empresas inteligentes que se deixam levar por alucinações massificadas.
A forma como uma empresa se relaciona com as pessoas é a base para suas ações posteriores, e neste ponto muitas organizações deixam a desejar, evidenciando o anseio por eliminar o conhecimento individual, bem como as habilidades únicas e a personalidade das pessoas em favor da mecanização plena de ações.
Este movimento é o responsável pelo péssimo atendimento oferecido aos clientes, aliando-se a ele uma mecânica que tem em falsos treinamentos a visão de que o consumidor não requer atenção individual, abrindo uma brecha para que os concorrentes inteligentes se diferenciem sem muito esforço e ofereçam aos mercados produtos e serviços interessantes.
Também fica evidente a incapacidade que muitas empresas têm ao não se adaptarem ao presente, trazendo consigo modelos escravistas sem sentido e que inibem a participação dos colaboradores no desenvolvimento e melhoria dos produtos e serviços da empresa, especialmente quando o assunto é o atendimento.
Com isso o contato com o consumidor é um martírio para os colaboradores que se veem presos a um roteiro engessado e que inviabiliza o diálogo de verdade, e isto é comprovado quando o cliente faz uma pergunta e recebe uma resposta sem nexo com o assunto.
Ao mesmo tempo é preciso observar também que a maioria dos colaboradores não possui interesse em se desenvolver, mesmo que alguns portadores de cabrestos não queiram enxergar esta verdade, criando então o eterno repasse de cliente para outra pessoa, demonstrando que o valor do cliente é igual a zero para aquela pessoa.
Por isso o cliente evita manter contato com certas empresas, preferindo migrar para o concorrente, assim como este mesmo consumidor envia uma mensagem que não é entendida pelas empresas quando ele entra em contato com elas para reclamar, deixando uma oportunidade em aberto para que ele, cliente, ainda acompanhe a empresa.
Logicamente a maioria das pessoas não compreenderá que podem existir colaboradores que não queiram trabalhar, e que é a mais pura verdade em certos mercados, especialmente quando o foco destas pessoas é o emprego e não o trabalho, fruto de uma cultura em que ludibriar as pessoas é a ação preferido, iniciando-se aí um ciclo vicioso infinito que faz com que as empresas abandonem o mercado por não conseguirem mais consertar o estrago feito.
Isso também coloca em evidência que as empresas não procuram conhecer seus colaboradores de verdade, ainda mais quando o mercado é uma fonte inesgotável de peças, que é a forma como as pessoas são vistas, gerando assim um ciclo em que trocas são comuns, pois todo equipamento da empresa pode dar defeito.
E deste jeito não há como deixar de apontar que o próprio cliente também prejudica a empresa com interesses obscuros e corruptos, praticados de maneira corriqueira e que já infectam a cultura local como prática comum.
Desta maneira fica evidente que a relação das empresas com seus consumidores sempre estará atrelada à cultura local, mas também alcança um território global e pode sofrer más influências de clientes que desejam ser enganados eternamente, dando então às empresas de má índole a chance de fazer com as pessoas aquilo que elas mais almejam e que parece impossível de ocorrer.
Por isso a relação das organizações e mercados inteligentes favorece o desenvolvimento de soluções, enquanto que a mediocridade habita o imaginário daqueles que preferem enganar as demais pessoas do que fazer um bom trabalho, encostando-se em desculpas sem sentido, utilizando-se de artimanhas para culpar os outros por aquilo que deixam de fazer e sempre abordam consumidores com a única e exclusiva intenção de retirar seu dinheiro sem fornecer um produto ou serviço digno.
Além disso é possível entender as razões que levam as empresas inteligentes a preterir que certos comportamentos façam parte de seus ambientes, atestando uma cultura em que o esforço individual dos colaboradores traz o reconhecimento do grupo formado pelas áreas, sem precisar enganar ninguém ou oferecer produtos e serviços insignificantes e irrelevantes para o mercado.