9 de julho de 2013

Marketing voltado à diferenciação organizacional, inovação e desenvolvimento do relacionamento com o consumidor

Igualar o conhecimento dos colaboradores é o objetivo central das empresas medíocres que não inovam e vivem presas a um ciclo meramente produtivo sem razão existencial, transformando pessoas em peças que são repostas assim que dão defeito, sendo que este defeito é a geração de uma ideia com uma nova proposta de solução mais inteligente, que não é aceita porque a empresa teria que deixar para trás todas as suas âncoras e fazer por merecer a confiança do consumidor e, por consequência, o reconhecimento de que seus produtos e serviços são melhores.
A prática diária de treinamentos irrelevantes é comum nas empresas medíocres, que não estão satisfeitas consigo mesmas e passam a culpar seus concorrentes pelos seus fracassos, colocando em foco toda a incompetência que domina aquele ambiente e é fruto de um rechaço ao conhecimento.
Sendo assim estas empresas não procuram colaboradores com novas ideias, mas sim mentes vazias que podem ser facilmente adestradas, como se a organização fosse um laboratório onde as cobaias (colaboradores e clientes) são bem-vindos quando há um interesse em se perpetuar o que há de pior em termos de produtos e serviços.
Com este comportamento a competitividade de mercado é tratada como uma utopia, então todos os processos para eliminar informações são tomados e os reféns (clientes ou colaboradores), são apenas fontes monetárias e produtivas, que não servem para mais nada além de seguir cegamente o modelo deturpado de gestão impregnado nas empresas.
Enquanto isso, do outro lado residem as empresas que primam pelo conhecimento distribuído a seus colaboradores, que enfatizam suas habilidades em buscar a oferta de treinamentos específicos para cada um de seus colaboradores, o que para a maioria das pessoas é um desperdício e é o que diferencia as melhores empresas do resto, colocando em ação um movimento crescente e espiral, livrando-se do ciclo que sempre se inicia onde termina.
Contudo é preciso que os colaboradores também sejam portadores de ideias inovadoras, e assim o são pelo grande incentivo das organizações inteligentes que se abrem às propostas, estudando, analisando e aplicando-as quando viáveis, levando em conta também o tempo de mercado, algo que poucas organizações são capazes de fazer, pois sempre que o relacionamento com o cliente é estabelecido existe uma troca de informações dentro de um nível elevado àquelas empresas que meramente funcionam, e que por isso são grandes diferenciais que alcançam a vanguarda de mercado em termos de soluções.
Mas também é preciso analisar e compreender como cada nova informação se conecta com as demais, para que a empresa não perca seu foco, tampouco coloque em prática uma ação antes ou tarde demais, apontando para uma visão que agrega todos os conhecimentos, utiliza-se de filtros para enviar às áreas a quantidade ideal de informações, com o máximo de qualidade e precisão.
Também fica claro que as empresas inteligentes irão renovar continuamente suas ideias enquanto aprendem a lidar com as alterações no comportamento do consumidor, e isto fica muito mais relevante se a empresa consegue entender que seus colaboradores são seus clientes, e que por incrível que pareça é um nível avançado demais para muitas empresas e até mesmo mercados que são impedidos de se desenvolver pela proibição de acesso ao conhecimento.
Outro ponto relevante é a maneira como os colaboradores participam dos processos criativos, sendo que a gama de referências sempre deve ser mais ampla do que o foco da organização, mesmo parecendo um descaso com o negócio em si, mas é aí que as melhores referências residem, e então todos os concorrentes, sem exceção, passam a ser grandes fontes de referência e aprendizado, especialmente aqueles que estão diretamente competindo pelo mesmo mercado e público-alvo.
Diante desta percepção diferenciada também é possível notar que a proximidade com o consumidor traz benefícios para ambos os lados, desde que a empresa tenha consciência de que seu desenvolvimento depende das pessoas e só existe se houver a oportunidade de se aprender e então desenvolver um produto ou serviço que satisfaça o cliente, dando-lhe experiências diferenciadas e que abrem caminho para um novo contato do consumidor com a empresa.
E desta maneira se faz presente também o uso de uma comunicação efetiva da empresa para seus consumidores, e também destes consumidores para com os demais, criando um novo modo de se relacionar interna e externamente, dando à comunicação um papel diferenciado e altamente eficaz, mas que também sofre com certos ruídos quando um dos lados não compreende perfeitamente a mensagem.
Logicamente existem informações que acabam se tornando comuns a todos os colaboradores, mas os treinamentos não devem se basear neste processo cíclico fechado, que tem como premissa o mero repasse de uma lista que deve ser repetida à exaustão aos clientes que entram em contato com a empresa, e que é tão comum que chega a contaminar certos setores do mercado de tal maneira que as empresas medíocres viram reféns de um sistema completamente falido e que só gera insatisfação ao cliente.
No momento em que as empresas compreendem as razões pelas quais existem passam a investir em treinamentos que lhes deem novas oportunidades de manter contato com todos os clientes, desde aqueles que deixam a empresa entrar em suas vidas até os mais novos e aqueles que ainda não conhecem a organização, gerando assim um ciclo de aprendizado que é compartilhado pelas áreas e faz com que os produtos e serviços sejam completamente diferentes daqueles oferecidos pela concorrência e tragam experiências que permitem que a empresa seja bem-vinda à vida das pessoas ao satisfazê-las.